quarta-feira, 4 de junho de 2014

Collection

Philips 212 Electronic

Gira-discos Philips 212 Electronic

Vintage. Restaurado.

Dica: na compra deste modelo, certamente vai precisar de uma correia nova, a menos que tenha sido substituída recentemente.
Outra falha comum são as lâmpadas dos botões de escolha de rotações que poderão estar fundidas.
A falha mais complicada de resolver tem haver com o botão de On/Off, também se resolve, mas poderá obrigar pela substituição por um botão completamente diferente,.

Top of the line PHILIPS turntable from 1972.
This is a belt drive semi automatic turntable using a floating chassis immune to external vibrations. Semi automatic means that it uses an optoelectronic stop at the end of the record. When the record reaches the end it stops spinning and cuts the output but the arm doesn't lift up. For the start and stop function it uses very nice illuminated sensi touch controls. You simply put your finger so that electricity from your body connects the outer ring with the middle of the control to trigger the operation.
The cartridge is a PHILIPS SUPER M 400 with spheric diamond needle. The mounting is a PHILIPS type plug in system, but the cartridge can be used on other headshells as well.
For speed control you have a stroboscope on the platter that has to be illuminated by a simple light bulb from your room to make the adjustments.
Using this turntable today is like having a PORSCHE 911 from 1972.
It does not match today models, but it is still cool with an extremely competitive sound.







Dual 1226

O Dual 1226 tem características semelhantes ao 1225 mas com algumas melhorias substanciais. A primeira consiste num prato mais pesado e mais estável do que o seu antecessor e também tem um eixo e braço melhorados
Foi fabricado entre 1973 e 1974
Este equipamento usa uma cápsula Shure M75 uma das mais resistentes e versáteis cápsulas da marca americana.

Dica: se alavanca não estiver na posição central entre o start/ stop, provavelmente o automático do gira-discos está avariado. É uma avaria comum, mas a causas podem ser variadas.






sábado, 24 de maio de 2014

Dicas (1 de 3) Que gira-discos usado deve escolher?


Que gira-discos usado deve  escolher?

Começo por dizer, escolha o que gosta mais!
Independentemente das especificações, um gira-discos é um objecto de design, ou melhor, alguns são uma delícia de contemplar, razão pela qual defendo que deve escolher o que achar mais bonito.

Se está a investir em material Vintage, poderá ter algumas surpresas agradáveis em termos de preços, pelo que o meu segundo conselho é pesquisar na net e escolher um modelo que pelo menos seja apreciado pela comunidade. Gastará certamente, pelo menos 150 a 200€, mas fica com um modelo com melhores características técnicas e que vingou no seu tempo.

Aqui vão algumas dicas:

Tipo de tracção
Os gira-discos podem ter 3 tipos de tracção: Poleia, Correia (belt drive) ou Direct Drive.

Os mais comuns são os gira-discos com tracção por correia, habitualmente mais baratos, existem muitos à venda  sendo equipamentos de gama média baixa. 
Caso opte por este tipo tente escolher um modelo Vintage de gama média alta.
Este tipo de tracção é a preferida dos audiófilos, porque o leitor de vinil torna-se mais silencioso ou seja as eventuais vibrações do motor são reduzidas, filtradas pela correia. São a base de muitos leitores de vinil actuais ( Project, Thorens, outros).


Os equipamentos com Direct Drive funcionam por criação de um campo magnético que faz rodar o prato, praticamente sem vibração, muito comuns nos anos 80. Em particular a marca Technics especializou-se neste tipo de equipamentos e existem modelos carismáticos dos anos 80 com cotações elevadas. 

Os gira-discos com tracção por poleia, muito comuns nos anos 60 e 70, transmitem mais vibração (apesar de tudo quase imperceptível), mas são verdadeiras peças Vintage!!

Tipo de Tonearm (braço)
Existem diferentes formatos, mas o mais aconselhável é escolher um braço com peso regulável e headshell permutável, de forma a permitir upgrades e outras opções no futuro.
O peso regulável ajusta-se ao tipo de cabeça que decidir comprar.
Alguns braços rectos com headshell do tipo P mount, são muito restritivos no que toca à cartridge ou agullha que podem receber. Se não tiver peso regulável, ainda mais complicado se torna.



Tipo de Shell (Concha)
A Headshell é o elemento que recebe a cartridge (cabeça) e agulha.
Headshell com encaixe baioneta tipo SME são as mais versáteis, como este tipo de encaixe tornou-se "standard", são fáceis de encontrar. Outra vantagem é poderem receber diferentes marcas de cartridges, porque a fixação da cartridge é feita através de dois parafusos.
A versatilidade é tal que poderá ter várias headshells com diferentes cartridges e escolher a que melhor se adapta ao tipo de música que pretende ouvir.
Caso não queria coleccionar diferentes tipos de shells prontas a usar, pelo menos sabe que em qualquer altura pode fazer um upgrade para outra marca de cartridge/agulha, porque a fixação é do mesmo tipo.

Algumas marcas e modelos têm shells que permitem mudar as cartridges, mas como são especificas da marca, será obrigado a comprar, se conseguir, a headshell específica para este modelo

Vou tentar dar um exemplo:
Se comprar um prato com um braço com encaixe tipo baioneta SME, mas sem headshell, pode sempre comprar uma nova ou outra usada mesmo que seja de marca diferente, porque encaixam na perfeição. Technics, Pioneer, Akai, Marantz, Onkyo, poderão ser compatíveis.

Headshell Technics tipo SME com encaixe baioneta

Outras marcas, particularmente a Dual durante os anos 70, tinham uma headshell permutável, mas específico da marca, contudo permitia montar diferentes cartridges. 
Para quem tem mais do que um gira-discos Dual as shells são, habitualmente comutáveis entre si, dentro da mesma série, por exemplo Dual 12XX (exemplo 1214,1216,1218,1219,1224-1229).

A imagem mostra 3 shells semelhantes com cartridges Shure e Audiotechnica 




(Continua)






segunda-feira, 19 de maio de 2014

Dicas ( 2 de 3 ) Que gira-discos usado deve escolher?

Que gira-discos usado deve escolher?

Considerações sobre o prato (platter)

Quanto mais pesado melhor?
Parece que sim... Dizem os entendidos que um prato pesado tem maior inércia tornando a rotação mais estável e menos sujeitas a flutuações (flutter).
Fuja de equipamentos com pratos em plástico (existem, acredite, por exemplo algumas réplicas do SL-1200), tente escolher algo robusto.

O que posso dizer sobre a escolha de material usado neste contexto?
Tente consultar especificações técnicas do modelo que está a pensar comprar. Dificilmente vai conseguir perceber estes aspectos durante a compra, porque teria de desmontar o gira-discos.

A maioria dos pratos são ligas metálicas semelhantes ao alumínio ou feitos deste material. Existem também pratos em metal pintados com spray metalizado e pratos que são cromados.
Normalmente os pratos cromados ou pintados são geralmente mais leves e equipam gira-discos de gama média, baixa. Por exemplo, a Dual equipava o 1214 com um prato em metal pintado, enquanto que o modelo 1216 já tinha um prato em alumínio, embora sejam dois modelos muito semelhantes.

Quando compra um gira-discos Vingage, a menos que tenham sido restaurados, vai encontrar algum tipo de oxidação ou mesmo ferrugem.
O alumínio oxida tornando-se menos brilhante, baço (dull), sendo necessário, por vezes, um polimento mais ou menos agressivo. 
Aqui entra a minha experiência. Um prato completamente liso será muito mais fácil de restituir o seu aspecto original, porque pode ser necessário um polimento que retire a camada superficial oxidada.
Muitos pratos dos anos 80, possuem um estriado que embeleza o prato ou outro tipo de aplicação que habitualmente serve estroboscopio.
Nestes pratos é muito difícil  conseguir um polimento eficaz que retire a oxidação completamente. 
Quando escolher o gira-discos, avalie o grau de oxidação. Se tiver muitos spots de oxidação, prepare-se para polir...e muito. Outro aspecto relevante é que a oxidação pode indirectamente dar uma ideia das condições de armazenamento a que esteve submetido o equipamento.
A presença de ferrugem ou oxidação exageradas pode significar que o gira-discos precise de uma lubrificação generalizada das partes mecânicas e limpeza de contactos da electrónica.


Em certos modelos mesmo com 40 anos ou mais consegue resultados muito bons, portanto esteja atento. Alguns modelos da Dual, Thorens e outras podem ser praticamente restituídos ao seu estado original daí serem tão procurados.

Dual 1229 (before)

Dual 1229Q (after)


Por exemplo, este prato de um Dual 1216, estava oxidado com uma coloração semelhante ao aro interno, após algum polimento já consegui recuperar o seu aspecto original, no entanto ainda se nota algum spotting. Vai precisar de um polimento extra para tentar retirar estas pequenas manchas.

Não convém esquecer que estamos a falar de um equipamento de 1972, sempre que compre algo Vintage, terá de perdoar os sinais do tempo, tem de ser tolerante.


Tampas do gira-discos

Tampas e agulhas são quase sempre o elo mais fraco!
As agulhas arranjam-se com alguma facilidade, já as tampas...é outra conversa.

Não são necessariamente más notícias, se não tem tampa ou está estragada pode sempre regatear o preço!

Eu direi que se encontrar um gira-discos de 40 anos com tampa, então é um sortudo!
Mas prepare-se para pagar, arrisco a dizer que um equipamento com tampa original num estado razoável, sem quebras pode, pelo menos, duplicar o valor do aparelho.

Tampas sem falhas são mesmo uma raridade!

Evite tampas partidas nas dobradiças ou com grandes rachas, não há como salvar.
Pode tentar colar, mas muito cuidado, a maioria das colas destrói o acrílico! É de evitar!
Uma alternativa interessante poderá ser forrar a tampa com pele ou pintar, se não se importar com o facto de estar a alterar o aspecto original do gira-discos.
Pequenas rachas na parte posterior da tampa são toleráveis em equipamentos com algumas dezenas de anos, não há milagres.

Uma tampa riscada pode ser polida e ficar quase como nova, procure na net informação sobre polimento de faróis de automóvel, o processo é semelhante.

Não desespere! É sempre possível fazer uma réplica da tampa, desde que consiga montar as dobradiças originais. Por outro lado modelos mais antigos tinham apenas uma tampa de encaixe, sem  dobradiças, portanto é fácil replicar.

E por último borrife-se na tampa, qualquer gira-discos audiófilo actual nem tampa tem!!

Tampa nova, réplica.








domingo, 18 de maio de 2014

Gira-discos contemporâneo 389€ com conversão USB

Pormenor do braço deste gira-discos à venda actualmente.
A cabeça parece ser uma AT-3600, de gama baixa.
Faz conversão USB directa para PC.

O material de baixa qualidade parece querer dizer " se a ideia é fazer ficheiros MP3 qualquer coisa serve"

389€??? 
Argh!


quarta-feira, 7 de maio de 2014

O Horror do som actual

Just a quick note.

Hoje resolvi bisbilhotar o vinil numa grande superfície.

Aproveitei para ir procurar cabos RCA (aparentemente em extinção, mas HDMI por todo o lado) e entrei na suposta sala de audição HIFI.

O empregado estava a demonstrar umas colunas JBL ligadas a um amp e leitor CD.

Fiquei de tal forma horrorizado com o som do sistema que saí a correr, nem sequer reparei na marca do conjunto, mas seria Pioneer ou Denon.

Pelo canto do olho ainda vi o cliente a baixar o som, porque devia estar tão incomodado como eu!

Chiça penico!